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fisiologicamente.
O Sistema
Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos hormônios que
são lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os
quais atuam. Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as
funções do nosso corpo. Neste
sistema as informações são passadas por meio de moléculas denominadas hormônio,
e neste fluxo de informações existe a função secretora, a qual levará a
informação para a célula-alvo que irá reconhecer o hormônio, e esta irá
realizar as modificações ordenadas pela substância. Neste processo existe ainda
o receptor hormonal que fica ligado à célula-alvo e é quem permite que a
resposta hormonal aconteça. Este sistema
dividiu-se em três sistemas clássicos e três sistemas não clássicos. Os
sistemas clássicos são: o sistema endócrino, que age em uma célula-alvo
distante indo por meio do sangue; sistema parácrino, que se difunde no
interstício agindo em células vizinhas; e o sistema autócrino, que é o hormônio
(uma vez) secretado, que volta a agir na célula secretora. Os sistemas não
clássicos são: o criptócrino, caracterizado pela secreção e a ação do hormônio
ocorrendo em um sistema fechado, que envolve diferentes células intimamente
relacionadas; o justácrino, onde o hormônio fica aderido à membrana plasmática,
e sua capacidade de ação é restrita às células vizinhas; e o intrácrino, que se
define pela síntese do hormônio e a ligação ao seu receptor específico
ocorrendo dentro da mesma célula.
No nosso
sistema de controle químico os comandos surgem de diversas glândulas, e cada
uma delas secreta mensagens químicas diferentes, os hormônios. Existem seis
glândulas endócrinas muito importantes e várias outras de menor importância. As
seis mais importantes são: A hipófise, a tireóide, as paratireóides, as
supra-renais, as ilhotas de Langerhans do pâncreas, os ovários no sexo feminino
e os testículos no sexo masculino.
A Hipófise está localizada na base do
cérebro em uma depressão óssea chamada de sela túrcica e envolvida pela
dura-máter. Tem origem no ectoderma, durante o processo de formação da hipófise
na vida embrionária, observa-se que a parte distal e a parte intermédia se
originam da bolsa de Rathke, e que a parte nervosa se origina de uma
envaginação do assoalho do terceiro ventrículo. Em seguida, as duas partes se
fundem e formam uma glândula aparentemente única. Entre a parte distal e a
intermédia permanece uma fenda (fenda hipofisária), o que divide a glândula em
lobos anterior e posterior. Assim, as duas partes formadas apresentam
característica de glândula, secretando hormônios que dependem do controle
hipotalâmico. A hipófise pode ser dividida em Adenohipófise e Neurohipófise. A
adenohipófise ou hipófise anterior secreta 6 hormônios principais: o hormônio
do crescimento (GH) , o tireoestimulante (TSH), adrenocorticotrófico (ACTH),
prolactina (PRL), folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH). A
neurohipófise, embora não sintetize hormônios, ela é responsável pelo
armazenamento e liberação do hormônio antidiurético (ADH) e Ocitocina (OT). A
parte intermédia produz o hormônio melanócito-estimulante (MSH). Assim como a
neurohipófise, a adenohipófise apresenta dois grupos: a parte nervosa
(apresenta as células da glia e as fibras nervosas cujos corpos celulares estão
no hipotálamo e são produzidos ocitocina e ADH nestes neurônios) e a parte
intermédia (células basófilas e fibras nervosas). Principais efeitos dos
hormônios produzidos: a Ocitocina promove contrações uterinas e expulsão do
leite contido nas mamas; o ADH promove a retenção de água nos túbulos renais
distais e diminui a sudorese; GH promove o crescimento; ACTH promove a síntese
do cortisol; T3 e T4 promovem o aumento do metabolismo; FSH nas mulheres produz
o estrogênio e nos homens, a espermatogênese; LH nas mulheres transforma em
progesterona e nos homens, a testosterona; MSH estimula a formação de melanina;
prolactina estimula a secreção do leite no pós-parto.
A Tireóide possui origem do endoderma e é a primeira glândula a ser
formada, com cerca de 24dias após a fertilização. Ocorre um espessamento do
endoderma da faringe primitiva, após certo tempo haverá a formação de uma bolsa,
a qual fará a protrusão, formando o divertículo tireóideo. De acordo com o
crescimento do embrião a glândula em desenvolvimento desce para o pescoço,
percorrendo um trajeto anterior à laringe em formação. Por volta da 7ª semana a
tireóide já se encontra em sua forma e posição definitivas. A partir da 11ª
semana é observado o inicio das atividades da glândula. Fica localizada
imediatamente inferior à laringe, apresenta dois lobos os quais se situam dos
dois lados da traquéia e estes são conectados por uma massa de tecido chamado
istmo. Esta glândula é responsável pela secreção da tiroxina (T4) e da
triiodotironina (T3), que atuam na regulação do metabolismo. Umas poucas células
chamadas de parafoliculares sintetizam o hormônio calcitonina, que atua na
regulação de cálcio.
As paratireóides são
derivadas do terceiro par de bolsas faríngeas e acompanham o movimento
descendente que o timo faz para ocupar sua posição e, finalmente, assumem sua
posição correta. Possuem origem do endoderma. As glândulas paratireóides estão localizadas na região do pescoço, na
face dorsal da glândula tireóide. Existem quatro paratireóides, duas superiores
e duas inferiores. Essas glândulas são responsáveis pela secreção do
paratormônio, o qual atua na regulação da concentração de cálcio, no sangue.
As Suprarrenais estão localizadas entre as faces superiores e mediais dos rins e o
diafragma, apresentam uma forma piramidal. Durante o desenvolvimento
embrionário, as glândulas supra-renais diferenciam-se em duas regiões
estrutural e funcionalmente diferentes, um córtex grande que se desenvolve do
mesoderma; e uma medula pequena que se desenvolve do ectoderma. O córtex secreta hormônios essenciais à vida,
os esteróides. O córtex se divide em três zonas, onde cada secreta um hormônio
diferente: a zona glomerulosa que secreta o hormônio mineralocorticóides
(minerais sódio e potássio); e a zona fasciculada que secretam os glicocorticóides
(glicose); zona reticulada que secretam os androgênios (efeitos masculinos). A
medula suprarrenal é um gânglio simpático. Sua origem embrionária é semelhante
a dos gânglios, mas não apresentam neurônios. As células da medula secretam
dois hormônios: epinefrina (adrenalina) e norepinefrina.
O pâncreas é uma glândula mista, com
origem no endoderma, que se divide em: endócrino (com a produção dos hormônios
insulina e o glucagon) e exócrino (com a produção do suco pancreático, que é
lançado no intestino delgado e desempenha importante papel na digestão). O
pâncreas localiza-se posterior e ligeiramente inferior ao estomago, e consiste
em uma cabeça, um corpo e uma calda. As células endócrinas são chamadas de
ilhotas pancreáticas (de Langerhans). Cada ilhota contém quatro tipos de
células produtoras de hormônios: células alfa, secretam o glucagon; células
beta secretam a insulina; células delta secretam a somatostatina; células F
secretam o polipeptídeo pancreático. Os sistemas urinários e genitais ocorrem a
partir do mesoderma.
Os ovários sintetizam
o estrógeno (características sexuais feminina, estimula o crescimento ósseo) e
a progesterona (modificações orgânicas da gravidez e inibe as contrações
uterinas). Junto com as gonadotrofinas da hipófise os hormônios sexuais regulam
o ciclo reprodutivo feminino. Cada
ovário consiste nas seguintes partes: epitélio germinativo (uma camada de
epitélio simples); túnica albugínea, que é uma cápsula de tecido conjuntivo; o
córtex do ovário que é uma região abaixo da túnica albugínea e que consistem
nos folículos ovarianos envolvidos por tecido conjuntivo; a medula do ovário que
fica logo abaixo do córtex; os folículos estão localizados no córtex, e apresentam
vários ovócitos em estágios diferentes de maturação; o folículo maduro é um
folículo grande e cheio de liquido e que estar pronto para romper e expelir seu
ovócito secundário em um processo chamado de ovulação.
Os testículos
sintetizam a testosterona, hormônio que promove o desenvolvimento das
características sexuais masculinas e aumento da massa muscular. Os
testículos
são compostos por um emaranhado de tubos, os ductos seminíferos. Esses ductos
são formados por um epitélio germinativo, onde ocorre a formação dos
espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais
produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis
pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e das características sexuais
secundárias: estimulam os folículos pilosos para o crescimento de pêlos,
produzem o aumento da massa muscular, ampliam a laringe o que torna a voz mais
grave, aumenta o desenvolvimento da massa óssea.
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