5.
Hanseniase
É uma doença crônica,
causada pelo Mycobacteryum
leprae, pode determinar lesões na pele, nervos periféricos, mucosas e
ossos. É conhecida também como lepra, morféia, mal-de-lázaro,mal-da-pele e
mal-do-sangue. O bacilo de Hansen é um agente infeccioso de baixa infectividade
e de um alto poder de contagiosidade. Apresenta um quadro endêmico e predomina
em áreas tropicais.
5.1
Formas
de Hanseniase:
·
PAUCIBACILARES
INDETERMINADA:
É o estágio inicial da
doença. Não contagiosa. Caracteriza-se por lesões cutâneas despigmentadas,
anestésicas ou não. Pode permanecer estático por muitos anos, desaparecer ou
evoluir para uma forma tuberculoide ou virchowiana
TUBERCULOIDE:
Não contagiosa.
Caracteriza-se por lesões assimétricas com eritemas e edemas da pele e dos
nervos periféricos. Nos nervos e ao redor se formam granulomas que se tornam
fibrosos e duros.
·
MULTIBACILARES
DIMORFA:
É contagiosa. É
determinada pela associação de duas formas hansenianas, originalmente a
tuberculoide e gradualmente a virchowiana. A superfície das lesões são
geralmente lisas, de aspecto brilhante e coloração parda.
VIRCHOWIANA:
É contagiosa.
Caracteriza-se por infiltração granulomatosa do tecido subcutâneo, mucosa
respiratória superior, olhos e testículos. Inicia-se com exantema macular
simétrico que evolui para lesões nodulares dérmicas com aspecto de tumor
(hansenoma) e pode aparecer em qualquer parte do corpo.
5.2
Sinais
e sintomas:
Manchas – avermelhadas,
pálidas ou esbranquiçadas.
Dormência – diminuição ou
perda da sensibilidade.
Pele Seca – diminuição ou
perda da sudorese e lubrificação da pele
Fraqueza – diminuição ou
perda da força muscular.
Espessamento de Nervos –
trigêmeo, facial, ulnar, mediano, radial, fibular comum e tibial posterior.
Dor – neurites
Obstrução, Coriza e Sangue
na Mucosa Nasal.
Perda de Cabelo, Pêlo,
Cílios e Sobrancelhas.
Febre e Mal-estar.
Enfartamento de Gânglio.
Inflamação – rins, olhos,
testículos, vasos, articulações, tendões, ...
5.3
Complicações:
Deformidades
Úlceras.
Amputações.
Catarata, conjuntivite,
perda da acuidade visual, blefarocalase, madrose, triquíase, glaucoma,
lagolftalmo, epífora.
5.4
Prevenção:
Descoberta de Casos Novos.
Tratamento de Todos os
Doente.
Aplicação de Vacina BCG em
Todos os Contatos.
5.5
Tratamento:
Calor Superficial.
Eletroterapia.
Massoterapia.
Cinesioterapia.
Auto-cuidados.
Orientações
Poliquimioterapia – PQT.
Paucibacilares – 06 doses
de PQT em até 09 meses de tratamento
Multibacilares – 12 doses
de PQT em até 18 meses
04 faltas consecutivas
implica em reinício do tratamento.
Algumas observações:
A Hanseníase tem cura. Os
estados reacionais podem ocorrer por manifestações do sistema imunológico do
paciente. Surgem tanto no tratamento quanto após a alta.
A incidência no Brasil é
de 8,82 doentes para cada 10.000 habitantes.
Reações: Podem ser do tipo
I ou do tipo II. Tipo I ou reversa são as novas lesões dermatológicas e
espessamento dos nervos. A do tipo II ou eritema nodoso hansênico são os
nódulos vermelhos dolorosos, febre, dores articulares, dor e espessamento dos
nervos e mal-estar generalizado.
É uma polineuropatia
mista, compromete fibras nervosas sensitivas, motoras e autonômicas. A
sensibilidade é alterada em suas modalidades térmica, dolorosa e tátil. Os
mecanismos causadores das incapacidades são portanto neurogênicos e
inflamatórios.
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